domingo, 4 de setembro de 2011

O sal da terra (post 4) Quando o sal perde o seu lugar.


O sal da terra (post 4) Quando o sal perde o seu lugar.

 “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mateus 5:13)

Depois de perder o seu sabor e também o seu valor, “o sal” que não cumpri a sua função perde ainda uma última coisa, perde o seu lugar: “Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens”.
Deus nos criou para o louvor da sua glória. Portanto, ele deseja que seus servos estejam juntos dele, em sua presença. O Senhor Jesus disse: “... virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (João 14:3)
Ele ainda prometeu nos preparar um lugar junto a ele na casa do Pai: “Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou preparar-vos lugar.” (João 14:2)
Noutra parte, porém, ele revela que para que alguém esteja junto dele, é necessário que seja útil, que seja servo: “Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.” (João 12:26)
O sal insípido não poderá permanecer com Cristo. Haja vista que não tem utilidade alguma. O sal que conserva o seu sabor tem seu lugar garantido junto ao seu Senhor.
Além de desfrutar da presença Santa, caso esteja cumprindo o seu chamado, o servo útil ainda será honrado por Deus. Só mesmo os que são comprados por Cristo, para desfrutarem de tanto privilégio!
A bíblia não nos deixa nenhuma sombra de dúvida sobre o destino daqueles que não cumprem o papel que o Senhor espera deles:
* A figueira estéril seria arrancada (Lucas 13.6-9);
* O convidado sem veste nupcial foi lançado nas trevas (Mateus 22.13)
* O servo inútil perdeu o seu talento e foi lançado nas trevas exteriores (Mateus 25.28-30)
Todo sal insípido não tem outro fim, senão ser lançado fora, e uma vez lançado fora, vem a pior parte: “ser pisado pelos homens”.

A situação daquele que se torna inútil
A situação daquele que se torna inútil e perde seu lugar junto a Deus é deplorável. Teremos ainda mais certeza disto se olharmos um pouquinho a história do profeta Jonas.
Deus lhe ordenou: “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela” (Jonas 1:2)
Ele, porém, não obedeceu. Ao invés disso “se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis”. (Jonas 1:3)
Jonas fez a escolha errada. Optou por ser a figueira estéril, o servo inútil, o sal insípido. Mas como a lei da semeadura é infalível, as consequências não tardaram: “... o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma forte tempestade, e o navio estava a ponto de quebrar-se.” (Jonas 1:4)
O coração do imprestável servo estava tremendamente endurecido. Ele então, mantendo-se totalmente indiferente, recusa plenamente a oportunidade de se arrepender e voltar a ser útil. Enquanto “os marinheiros clamavam cada um ao seu deus, e lançaram ao mar as cargas, que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso”. O rebelde “desceu ao porão do navio, e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono.” (Jonas 1:5)
Tanta indiferença não poderia ficar sem uma repreensão. Só que ela não vem de um crente e nem de um anjo, mas do ímpio capitão do navio que disse-lhe: “...Que tens, dorminhoco? Levanta-te, clama ao teu Deus; talvez assim ele se lembre de nós para que não pereçamos.” (Jonas 1:6)
Que vergonhoso! O incrédulo exortando o crente a clamar a Deus. Só que ele não podia! Sua relação com Deus não ia bem. Ele havia se tornado insípido, inútil! E por isso, perdera o seu lugar junto ao trono do Pai.
O rebelde continua firme em seu propósito de não se arrepender, seguro que ninguém saberia de seu problema de relacionamento com Deus, até que tiveram uma ideia que não lhe deixou nem um pouco feliz: “E diziam cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por que causa nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas.” (Jonas 1:7)
A situação se agrava cada vez mais, mas ele ainda não se quebranta... Ao invés de se arrepender, o servo inútil escolhe a própria morte. Veja o conselho que ele dá aos marinheiros: “...Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se vos aquietará; porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade”. (Jonas 1:12)
Isso seria o fim de um servo inútil e rebelde. Mas a infinita misericórdia de Deus se manifesta mais uma vez: “Preparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.” (Jonas 1:17)
Deus milagrosamente livra Jonas da morte no mar, e mais milagrosamente ainda, o mantém vivo nas entranhas de um animal marinho. O inútil esta encurralado, ele não vê outra forma de sair daquela situação, a não ser quebrando seu silêncio com Deus. Então: “OROU Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe.” (Jonas 2:1)
E Deus superabundou a medida de sua misericórdia: “Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.” (Jonas 2:10)
Depois de todo este reboliço o sal insípido recupera o seu sabor e vai cumprir a ordem do Senhor. Você, estando no lugar dele, não teria se poupado de um pouco de sofrimento e se tornado útil antes de algumas destas coisas?!
Mas e em seu próprio lugar? Como você tem agido?

O servo só será realmente útil, se for fiel
Quem são, na verdade, os servos que são úteis ao Senhor? São aqueles que, sobretudo, buscam ser fiéis a sua palavra. Pois muitos que até são trabalhadores, mas que se esquecem de obedecer, terão, naquele dia do Senhor, uma triste surpresa: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:22-23)
Não nos esqueçamos jamais disto!

Buscando ser o sal que conserva o seu sabor, para não perder jamais meu lugar aos pés do meu Senhor!

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