segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Aquele que é nascido de Deus (post 2) Não vive na prática do pecado


Aquele que é nascido de Deus (post 2) Não vive na prática do pecado 

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I João 5:18)
Temos neste versículo três características daquele que é nascido de Deus, e a primeira delas é “não peca”.
Quer dizer então que aquele que é nascido de Deus, ou seja, aquele que se torna filho de Deus pela fé em Cristo, atinge o estado de santidade e não prática mais qualquer pecado?
A coisa não é bem assim. Pois o próprio João nesta mesma epistola se referindo aos santos diz:
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.” (I João 1:8)
E no segundo versículo adiante, ele reafirma a mesma coisa em um tom um pouco mais forte:
 “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (I João 1:10)
Então nós como leitores da bíblia, ou ainda mais, como homens e mulheres que temos procurado dirigir nossas vidas por ela, nos perguntamos: Que paradoxo é este? Seria isto uma contradição bíblica? Nós sabemos que não, pois sendo a palavra de Deus inerrante não há nela contradição alguma.
Como pode então João em uma mesma epístola afirmar que a primeira característica daquele que é nascido de Deus é: “não peca”. E nesta mesma epístola dizer: “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso”?
Teremos que estudar um pouco mais a inesgotável palavra da verdade para desfazermos este mal entendido, e na epistola aos Hebreus encontraremos um trecho que nos iluminará o entendimento:
“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.” (Hebreus 10:26-27)
Note bem, o justo não está isento da possibilidade de pecar, pelo menos não enquanto estiver preso a este corpo carnal que tem uma enorme propensão para praticar aquilo que desagrada a Deus. Porém, é intolerável que aquele que foi regenerado pela fé no sacrifício de Cristo se entregue voluntariamente a prática do pecado.
O pecado, na vida daquele que é nascido de Deus, é possível. Porém, não sem causar arrependimento e tristeza.
Pedro escreveu dizendo que o filho de Deus se sacrificou na cruz justamente para nos libertar da prática daquilo que entristece o coração do Pai:
 “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:24)
Embora ainda estejamos sujeitos ao pecado, já não somos mais escravos de sua prática. O poder transformador do sangue de Cristo, aquele sangue puro vertido por nós na cruz, nos libertou dela.
No entanto, se não fizermos caso do efeito santificador deste sacrifício que Cristo fez por nós, estaremos irremediavelmente perdidos. Isto por que não haverá outro sacrifício, capaz de nos salvar do efeito tremendamente destruidor dos nossos pecados.
Se voltarmos agora para nossa epístola de João, encontraremos outro trecho que nos fará ver ainda mais sentido neste nosso raciocínio:
 “MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (I João 2:1-2)
As admoestações da palavra de Deus atuam em nós como uma vacina que bani do nosso coração o vírus do pecado. Se, no entanto, por um deslize, acabarmos praticando algo que não agrada o nosso Senhor, aquele que pagou na cruz o preço pela nossa justificação, a saber, o nosso Salvador Cristo Jesus, intercede ao Pai em nosso favor afim de alcançarmos a misericórdia do Todo Poderoso.
Ainda não alcançamos o estado de santidade, mas estamos em um continuo processo de santificação, a fim de, ficarmos cada dia mais parecidos com aquele que morreu na cruz para nos tornar santos como ele é.
 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4:18)

Trilhando a cada dia o caminho dos justos, renunciando sempre o pecado, para ser verdadeiramente um nascido de Deus.

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