quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Superstição e superstições religiosas no meio evangélico.



Superstição e superstições religiosas no meio evangélico.

"O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.
O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.
O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.
O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre." (Salmos 121:5-8).

A superstição é algo que exerce uma influencia escravizadora sobre a maioria das pessoas que não tiveram um encontro pessoal com Cristo. Isto acontece porque o ser humano foi criado para exercer a fé, quando não se exercita a fé na verdade acaba-se crendo nas mentiras que o inimigo fomenta com o objetivo de desnortear ainda mais os homens.
É comum para os incrédulos atitudes tais como: ter receio do mês de agosto; da sexta-feira, principalmente se for dia treze; se valer de amuletos como pé de coelho, trevo de quatro folhas e outros e ainda até mesmo se apavorar porque um gato preto cruzou o seu caminho ou porque passou debaixo de uma escada. Já o cristão que realmente conheceu a verdade não se incomoda com estas coisas, pois como o salmista disse no trecho citado acima, ele sabe que é o Senhor que nos guarda de todo mal.
O problema da superstição é que ela muda de cara para tentar alcançar os que já foram alcançados pela verdade do evangelho. Ao longo dos primeiros quinze séculos do cristianismo muitas superstições surgiram entre os cristãos, superstições disfarçadas sob um manto de espiritualidade que facilmente enganaram os que não tinham um conhecimento um pouco mais profundo da Palavra de Deus. A mais terrível de todas as superstições surgidas neste período talvez seja a crença no purgatório, crença esta que ensina que o cristão precisará pagar pelos seus pecados depois da morte o que desvaloriza o sacrifício vicário de Cristo que é o principal ato de toda fé cristã. Mas então, neste cenário crítico e decadente da fé cristã, surgiram os reformadores desmascarando pela bíblia as superstições e mentiras que haviam surgido e possibilitando o surgimento de uma igreja que voltava as raízes do evangelho.
Esta igreja ressuscitada pelos reformadores cresceu e alcançou os confins da terra como o Senhor Jesus havia mandado (Mateus 28:19-20) e (Atos 1:8), mas as superstições continuam rondando esta igreja para apanhar os que não estão bem solidificados na verdade. Primeiro ela surge na forma de superstições menores como: deixar a bíblia aberta no salmo 91, crendo que isto trará proteção; consultar a Deus através da caixinha de promessas ou abrindo a bíblia de forma aleatória; passar a crer que a oração feita em um monte tem mais valor que a oração feita em qualquer outro lugar. Atitudes como estas são a porta de entrada para a aceitação de superstições bem mais graves que estão surgindo por ai.
As superstições mais graves no meio evangélico hoje não partem de indivíduos mas de denominações, igrejas que não possuem um alicerce doutrinário e criam uma infinidade de modismos para atrair o povo, coisas tais como: rosas, lenços e outros artefatos "ungidos", fotografia, copo com água e até sal grosso. Coisas que os padres católicos carismáticos chamam de "símbolos da fé" e comparam tais atitudes no nosso meio com as imagens de escultura que eles usam. Um verdadeiro retrocesso da reforma.
Além destas coisas, temos as doutrinas como a maldição hereditária que diminui o sacrifício de Cristo pregando que o crente continua debaixo de maldição mesmo depois de se tornar uma nova criatura pelo sacrifício da cruz. Temos o modismo da batalha espiritual que vê anjos e demônios em tudo e coloca o crente em uma completa paranoia se esquecendo muitas vezes de um inimigo ainda mais perigoso, a nossa própria natureza carnal. Temos os que só falam de anjos criando uma verdadeira idolatria se esquecendo do Criador e honrando apenas os seres criados. Temos ainda o uso indiscriminado do óleo da unção, enquanto a bíblia só prevê o seu uso para unção dos enfermos (Tiago 5.14) estão querendo ungir pessoas para qualquer finalidade e muitas vezes ungem até objetos. Há poucos dias eu vi na internet um vídeo gravado em um culto em que o pregador estava usando até ilusionismo dando impressão que havia cortado o pescoço de uma menina e depois cicatrizado novamente e a maioria dos irmãos davam "glória a Deus" e "Aleluia". Será que estamos próximos daquela mesma decadência que antecedeu a reforma? Que o Senhor nos guarde e nos permita fugir de todas estas mentiras e superstições para praticarmos uma fé genuinamente bíblica.

"Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." (Efésios 4:14).

Fugindo das fábulas para permanecer na verdade.

Sidone Gouveia

Fonte de pesquisa: lição CPAD (juvenis) "A INFLUÊNCIA ESCRAVIZADORA DA SUPERSTICÃO"