quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O milagre na vida de Naamã


O milagre na vida de Naamã


      

“E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso.
Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado.” (2 Reis 5:1,14)

Naamã sem dúvida é um personagem bíblico muito conhecido, mas não é atoa, afinal de contas o milagre do Senhor na vida deste homem foi algo muito grande. Ele era portador de uma doença terrível, na época, incurável. Mas Deus, através do profeta Eliseu, o restaurou completamente. O próprio Senhor Jesus, mais tarde, reconhece que Naamã foi um privilegiado: “E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.” (Lucas 4:27).
Sabemos que Naamã foi grandemente abençoado, mas o que eu quero analisar com você é como Naamã lidou com o seu milagre. O que ele fez para alcança-lo, e como ele agiu depois de ter tomado posse dele.
Algo importante para observarmos em Naamã é que ele creu e buscou o milagre em sua vida, assim que ele soube da possibilidade de alcança-lo, imediatamente buscou uma forma para isto: “Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel.” (2 Reis 5:4). A jovem israelita que estava como criada em sua casa havia apontado o caminho da cura, Naamã tratou de conseguir logo a autorização do rei da Síria, seu senhor, para ir até a sua benção.
Se ficarmos inertes permaneceremos derrotados, mas a bíblia garante que aquele que busca alcança de Deus a sua vitória: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.” (Mateus 7:7-9).
Naamã foi diligente em perseguir a sua benção, mas havia um outro elemento essencial que ele precisava demonstrar para receber o milagre de Deus: a humildade. Sem ela é impossível alcançar do Senhor alguma coisa: “...revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (1 Pedro 5:5).
O profeta não recebe Naamã com as honrarias que ele esperava por ser um grande general, apenas manda um recado para que ele mergulhe sete vezes no riozinho de Israel e assim ficaria curado. Foi neste momento que o orgulho tentou tirar a benção de Naamã, estava decidido a ir embora, mas um sábio conselho dos seus servos o fez se humilhar, por isto o texto diz que ele “desceu” ao Jordão. Quando descemos para fazer a vontade de Deus ele nos ergue com a vitória que buscamos.
A historia de Naamã até aqui é fascinante, ele recebe o milagre e fica admirado com o Senhor, veja o que ele diz: “Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel;” (2 Reis 5:15). Mas no final desta historia há algo pouco comentado mas digno da nossa atenção, veja que apesar de Naamã ter sido tremendamente impactado pelo que Deus fez, ele pretende continuar a sua mesma vida de antes. Ele decide servir ao Senhor, mas não pensa na possibilidade de abrir mão da sua posição: “E disse Naamã: Se não queres, dê-se a este teu servo uma carga de terra que baste para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor.
Nisto perdoe o SENHOR a teu servo; quando meu senhor entrar na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encostar na minha mão, e eu também tenha de me encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisto perdoe o SENHOR a teu servo.” (2 Reis 5:17-18).
Naamã queria servir ao Senhor, mas havia uma condição, a bíblia nos ensina a nos entregarmos a Deus incondicionalmente. O texto não revela se o Senhor perdoaria ou não a Naamã por se dobrar diante de um falso deus para agradar ao seu senhor humano, mas uma coisa é certa, Naamã estava abrindo mão de ter um relacionamento muito mais profundo com o Deus que ele acabara de conhecer.
Naamã se interessou pelas mãos de Deus, mas abriu mão de algo ainda mais glorioso, a sua face. Que mais do que as bênçãos do Senhor, possamos desejar desfrutar da sua presença, pois só nela há abundância de alegria.

Perseguindo o milagre, me humilhando diante daquele que o pode dar e preocupado em não desprezar o milagre maior que é a sua presença em minha vida.

Sidone Gouveia