Quando a oração do crente não é
respondida
“E
me disse: Daniel, homem muito amado, entende as palavras que vou te dizer, e
levanta-te sobre os teus pés, porque a ti sou enviado. E, falando ele comigo
esta palavra, levantei-me tremendo.
Então
me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu
coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas
palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.
Mas
o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um
dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da
Pérsia.” (Daniel 10:11-13)
O que faz com que a
oração de um crente não seja respondida? Nós sabemos, pela palavra de Deus, que
algumas coisas podem impedir as nossas orações e fazer com que não sejam
atendidas. Coisas como uma vida em pecado (Isaías 59:2), pedidos egoístas (Tiago
4:3), orações que estão fora do propósito e da vontade de Deus (I João 5:14). Mas
e quando não se trata de nada disto, será que mesmo assim o justo pode não ser
prontamente atendido? A experiência de Daniel nos mostra que sim, e através
dela poderemos aprender muito sobre isto.
Por vinte e um dias
Daniel clamou sem contemplar qualquer resposta, mas o anjo lhe assegurou que a
sua oração havia sido ouvida no céu desde o primeiro dia de clamor. O motivo da
demora, o anjo também explica, a oposição que “o príncipe do reino da Pérsia”, ou seja, certamente o próprio
Satanás, havia feito a ele lhe impedindo de chegar a Daniel, até que o arcanjo Miguel
veio em seu socorro e lhe permitiu a passagem.
Porém, algumas
indagações aqui se tornam inevitáveis: Não poderia Deus ter enviado Miguel ou
qualquer outra legião de anjos poderosos ainda no primeiro dia? Ou ainda não
poderia o Todo Poderoso simplesmente ter estendido o seu braço e afugentado o
inimigo liberando assim passagem para o mensageiro que levava a resposta de
Daniel? Percebemos que por trás do motivo apresentado pelo anjo havia ainda outro
motivo, Deus quis provar a fé do seu servo. E nas orações que ainda não obtemos
resposta, e nem tão pouco conseguimos entender o porquê do silencio de Deus,
pode ser justamente isto que também esteja acontecendo.
A prova para Daniel foi
de vinte e um dias, mas com certeza este prazo não é uma regra, só Deus pode
determinar quantas horas, dias ou anos durará a minha ou a sua provação. Mas
uma certeza a palavra de Deus nos dá, a luta não dura para sempre, depois da
noite escura a alegria de Deus nos vem no amanhecer: “...O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”
(Salmos 30:5). E com certeza, quanto mais clamarmos, mais depressa Deus nos
fará justiça (Lucas 18:7-8).
Ainda que Daniel precisou
esperar pelo momento de Deus para receber a sua resposta, ela veio, e veio de
uma forma gloriosa. Mas qual foi a tática que ele usou para tocar o coração de
Deus? Na verdade ele não somente orou, mas demonstrou interesse para entender
os desígnios de Deus e também se humilhou diante de sua soberania: “aplicaste o teu coração a compreender e a
humilhar-te perante o teu Deus”.
Se como Daniel
buscarmos a Deus, esperando o seu tempo sem desanimar e nem desistir de clamar,
certamente também ouviremos o nosso nome acompanhado da frase: homem(mulher) muito amado(a)!
Aprendendo a clamar e a
esperar em Deus como Daniel...
Sidone Gouveia
Deus sabe a hora certa de responder nossas orações
ResponderExcluirÉ verdade! Deus abençoe!
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