A ideia da morte atemoriza o ser humano
por significar o final da existência presente, mas como o cristão deve encará-la?
O fato é que, com exceção dos cristãos
que estiverem vivos no ato da vinda de Cristo, todos devem provar a morte. A
bíblia diz que “Há tempo de nascer, e
tempo de morrer;” (Eclesiastes
3:1-2), e ainda que “aos
homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,” (Hebreus
9:27). Desta forma, a morte precisa ser encarada como o curso natural da vida (1 Reis 2:1-2).
Mas a morte é por si só trágica já que
ela é a consequência direta da queda e do pecado do homem (Romanos 5:12), e o único remédio
para ela está no “dom gratuito de Deus”
que é “a vida eterna, por Cristo Jesus
nosso Senhor” (Romanos 6:23).
A morte sempre causou tristeza e
sofrimento, mesmos aos servos de Deus (2 Samuel 18:33), e até
mesmo o próprio Senhor Jesus chorou na morte de um amigo, vendo o sofrimento
que ela provocou àquela familia que ele amava (João 11:34-35). Agora
triste na verdade, é a morte para aqueles que não se prepararam para ela (Mateus 25:10), para estes
a morte sempre chega de surpresa (Lucas 12:20), ao contrario
dos justos, cujo a morte é “preciosa à
vista do Senhor” (Salmos 116:15)
pois significa a união definitiva destes com Ele.
Ainda que o corpo do homem tenha vindo
do pó da terra e a ele deva tornar, o espírito pertence a Deus e deve
satisfações a Ele (Eclesiastes
12:6-7). E neste momento serão bem-aventurados os que creram em Jesus, pois
ele disse: “Eu sou a ressurreição e a
vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive,
e crê em mim, nunca morrerá.” (João 11:25-26). Na vida do
cristão, a vitória sobre a morte já está determinada por Deus (1 Coríntios 15:54).
Para os que são justificados em Jesus, a
morte é uma porta que dá acesso imediato ao paraiso de Cristo (Lucas 23:43). Quando o
fiel perde este corpo, ele já tem para sí uma habitação eterna (2 Coríntios 5:1) preparada
pessoalmente pelo seu Senhor (João 14:2).
O cristão nunca busca a própria morte,
pois para ele “o viver é Cristo”, mas
também não a teme, pois considera que “o
morrer é ganho” (Filipenses
1:21) porque o leva para o seu Senhor (2 Coríntios 5:6-8). O
cristão não teme a morte porque na verdade ele já morreu para o mundo, e
diariamente ele declara assim: “Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se
entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20).
Vivendo Cristo, aguardando o momento de velo face a
face.
Sidone Gouveia
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