Vivendo
com contentamento
“Mas
é grande ganho a piedade com contentamento.” (I Timóteo 6:6)
Temos aqui neste
pequeno verso uma preciosa instrução do apóstolo Paulo ao seu discípulo Timóteo
no que diz respeito à relação entre a prosperidade e a fé cristã. Já naqueles
primeiros anos do evangelho, surgiram alguns ensinando que a devoção a Deus
deveria nos trazer lucro material, Paulo até concorda que a piedade nos traga
lucro, desde que acompanhada de outro elemento essencial, o “contentamento”.
A ambição e a avareza são
uma tendência da natureza carnal do ser humano, por mais que o homem possua
bens e dinheiro isto não o fará feliz se ele não aprender a sentir
contentamento naquilo que possui. Por isto, Paulo instrui ao seu fiel discípulo
a manter distância dos homens que, ignorando esta verdade, usam a fé como
pretexto para ensinar aos homens a dar vazão aos desejos da sua carne: “...homens corruptos de entendimento, e
privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos
tais.” (I Timóteo 6:5)
Paulo não se limita a
ensinar o contentamento e a condenar o estilo de vida movido pela avareza e
pela ganância, ele também faz questão de nos explicar por que estas coisas não
fazem sentido: “Porque nada trouxemos
para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.” (I Timóteo 6:7)
A nossa existência
neste mundo é tremendamente passageira, e nenhum bem material adquirido aqui
nos será útil para a vida eterna, por isto, aquele que tem visão desta verdade
espiritual não poderá jamais se entregar a busca desenfreada destas coisas
corruptíveis.
Aquele que recebeu de
Deus graça para enxergar além desta vida, e além da matéria, ou seja, além do
que os olhos carnais podem ver, jamais se dará a busca de tesouros nesta vida. Mas
antes, será alguém contente com a simples provisão de Deus para as suas
necessidades: “Tendo, porém, sustento, e
com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (I Timóteo 6:8)
Paulo explica ainda,
que o desejo de ser rico expõe o homem a varias tentações que acabarão lhe mergulhando
na perdição e na ruina espiritual: “Mas
os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.”
(I Timóteo 6:9)
Ele explica também a
razão pela qual isto acontece: “Porque o
amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males...”(I Timóteo 6:10) E
alerta para o fato de que muitos crentes, por causa da ganância, já perderam a
fé e trouxeram consequências terrivelmente dolorosas para suas vidas: “...e nessa cobiça alguns se desviaram da
fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (I Timóteo 6:10)
E agora? Depois de
todas estas instruções, que o Espirito Santo nos entregou através dos escritos
do apostolo Paulo, será que nós ainda vamos perseguir as riquezas desta vida?
Seremos sábios se fizermos como o escritor sagrado, não buscarmos nem a riqueza
e nem a pobreza, mas a provisão de Deus para as nossas necessidades: “...não me dês nem a pobreza nem a riqueza;
mantém-me do pão da minha porção de costume;” (Provérbios 30:8) Isto se
chama viver com contentamento!
Fugindo de desejar as
riquezas deste mundo, para aprender a viver com contentamento na presença de
Deus.
Sidone Gouveia
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