O Deus Todo-Poderoso
“Sendo,
pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e
disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.”
(Gênesis 17:1).
Quando Abraão ainda se
chamava Abrão, Deus lhe apareceu certo dia, e se manifestou a ele como “o Deus Todo-Poderoso”. O motivo desta
apresentação não foi a toa, Deus queria lembrar a Abrão quem ele era. O seu
servo estava desanimado, descrente das promessas que recebera. Havia vinte
quatro anos que ele esperava pelo cumprimento de uma promessa que era a razão
de sua existência. Para Abrão fazia uma eternidade, mas Deus não havia se
esquecido. Então o Senhor decidiu por fim a espera de seu servo, e conceder-lhe
a vitória.
A promessa inicial
dizia: “far-te-ei uma grande nação” (Gênesis
12:2). Porém, tanto tempo depois, Abrão permanecia sem filhos de sua esposa,
ambos já estavam velhos, já havia cessado em Sara o costume das mulheres, e aos
olhos humanos o cumprimento da promessa de Deus se tornara impossível. Na verdade para o homem seria mesmo
impossível, mas não para “o Deus
Todo-Poderoso”. Para aquele que
criou todas as coisas e as sustenta pela palavra do seu poder, não existe
impossíveis.
Talvez você possa ter
um problema semelhante ao de Abrão, talvez você espere por uma promessa que,
como a dele, pareça impossível de se cumprir. O que você não pode é, como ele,
se esquecer que Deus não pode mentir, e que o Senhor jamais se arrepende de suas
promessas. Naquele mesmo dia, Deus anunciou a Abrão o nascimento de seu filho
Isaque, que aconteceu exatamente um ano depois daquela data. E ainda mudou o
seu nome para Abraão, que significa pai de muitas nações. Ainda que para nós
pareça que passou da hora, no tempo certo, “o
Deus Todo-Poderoso” nos entrega a vitória.
Só que junto com a
declaração de que era poderoso para cumprir sua promessa na vida de Abraão,
Deus também lhe fez duas exigências. O Senhor dá vitória a seus servos, porém
também requer deles fidelidade.
A primeira exigência de
Deus foi: “anda em minha presença”. O
servo do Senhor não pode andar errante, nem tão pouco pode seguir os caminhos
incertos do seu coração, isso quem faz são os ímpios e o final do caminho deles
não é feliz. Deus deseja coisas bem melhores para os seus. “Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos
ímpios perecerá.” (Salmos 1:6).
A única forma de ficar
livre do caminho que perece é andando com Deus, por isso o Senhor exige que os
seus servos andem na sua presença. Se andarmos sozinhos, fatalmente tomaremos o
caminho errado. Porque para quem não conhece a Deus, ou seja, para quem não
anda com ele, este caminho parece ser bom: “Há
um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.”
(Provérbios 16:25) Já quem anda com Deus, esta sempre no caminho da vida. Não
arrede jamais o seu pé da presença de Deus, porque ele entregou o seu filho
Jesus, para que o que anda com ele “não
pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).
Deus ainda faz uma
segunda exigência: “sê perfeito”.
Trata-se de uma missão
impossível de se alcançar plenamente?
Enquanto nessa carne
pecaminosa certamente.
O Senhor, porém, quer
ver o nosso esforço. O que ele deseja é que isso seja o nosso objetivo. Pois
ele é um Deus infinitamente Santo, sendo assim, seus servos não podem ser
escravizados pelo pecado. Nós precisamos buscar também para as nossas vidas
desta sua santidade, isso é o que ele quer para nós: “E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos
povos, para serdes meus.” (Levítico 20:26).
São este que buscam a
santificação, que procuram ser fieis. São os que atendem o chamado para andar
na sua presença. São a estes, que os olhos do Senhor estão a procurar para que
estejam com ele para sempre: “Os meus
olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda
num caminho reto, esse me servirá.” (Salmos 101:6) E é também na vida
destes que as promessas dele se cumprem.
Atendendo o chamado
para andar na presença dele, buscando a perfeição que há nele, para ver
cumpridas na minha vida todas as promessas do “Deus Todo-Poderoso”.
Sidone Gouveia
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