quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Aviva, ó Senhor, a tua obra

Aviva, ó Senhor, a tua obra
“Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia. (Habacuque 3:2)
O clamor do profeta, nesta que é uma das orações mais lindas da Bíblia, é por avivamento. Nós pentecostais normalmente associamos avivamento a manifestação dos dons espirituais, mas a verdadeira essência do avivamento é arrependimento de pecados e uma busca intensa por uma maior comunhão com Deus.
O verdadeiro avivamento é aquele gerado pelo temor que nos traz a palavra de Deus “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi”. Foi assim com os grandes avivamentos da Bíblia como nos dias de Esdras e Neemias em que o povo se dispôs para ouvir a leitura e explicação da palavra, desde a alva até ao meio-dia, em pé, com muita comoção (Neemias 8:1-10). Como também nos dias do rei Josias que os judeus reencontraram o livro da lei na casa do Senhor e o povo se voltou novamente para Deus (2 Reis 22). Se desejamos também viver o verdadeiro avivamento, o único caminho para nós é nos dedicarmos continuamente para conhecermos e praticarmos a palavra de Deus.
A oração do profeta é para que Deus avive a sua obra “no meio dos anos”. Por que no meio dos anos? Porque quando começamos na fé normalmente o entusiasmo do primeiro amor é muito grande, a nossa fé é muito viva e a nossa vontade de obedecer a Cristo também. Mas com o passar do tempo o esfriamento bate a nossa porta e se não estivermos vigiando ele entra e nos faz um cristão carnal, um verdadeiro sal insipido para ser pisado pelos homens. Agora, se buscarmos o avivamento no decorrer da nossa carreira o esfriamento certamente não achará abrigo conosco e seguiremos sendo mais que vencedores.
Quando o profeta usa a expressão “na tua ira lembra-te da misericórdia” nos faz entender que o povo estava sendo provado. Quando o povo de Deus permite que o esfriamento se aloje em suas vidas o Senhor permite que as lutas venham para despertá-los. A Bíblia garante que Ele age assim porque nos ama e quer nos ver na sua presença: “Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.” (Hebreus 12:6). Sendo assim, nosso dever é entender a vontade de Deus e recebermos com gratidão a sua correção. Ou ainda mais, procurarmos sempre vigiar para não sermos atingidos pelo esfriamento, mesmo antes de sermos provados.
Clamando, assim como o profeta Habacuque, por um avivamento constante para minha vida e para a obra do Senhor nos meus dias.
Sidone Gouveia